Aos marinheiros de primeira viagem...

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TC Muniz Relvas

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domingo, 8 de abril de 2007

Eliminação do Palmeiras derruba mais um clichê

O Ipatinga continua aprontando e despachou o Palmeiras da Copa do Brasil. Mais um time grande pro currículo dos triunfos da equipe mineira, que já eliminara Santos e Botafogo em edições anteriores da mesma competição. É um time forte e que se consolida como forte favorito na Série B de 2007.

Mas esse post não é sobre o Ipatinga, nem sobre o Palmeiras. É sobre um clichê repetido à exaustão em competições mata-mata e que no confronto dessa semana foi, mais uma vez, derrubado.

Como se sabe, o Ipatinga havia derrotado o Palmeiras por 2x0 no jogo de ida, em Minas. Ao Verdão (me refiro ao Palmeiras, claro, o Ipatinga ainda não merece esse respeito) era necessário vencer os mineiros por três gols de diferença. Uma vitória por 2x0 levava a decisão para as penalidades. Missão difícil para o Palmeiras, claro. Não é fácil vencer jogo algum por mais de três gols de diferença.

Então logo muitos analistas e torcedores correram para despejar a seguinte frase que será analisada: "o Palmeiras precisa fazer um gol nos primeiros 15 minutos, para dar tranquilidade ao time e aí partir pra cima de vez".

A premissa parece lógica. E é até óbvia. Ao resolver parte do seu objetivo antes de um quarto do jogo, é mais razoável acreditar que seja possível cumprir a totalidade desse objetivo no decorrer da partida. Acontece que futebol não é simples e lógico. E exemplos claros e nítidos mostram que essa "regra dos 15 minutos" não se aplica muito bem. Vamos a eles:

- Libertadores de 2003, quartas-de-final. Corinthians e River Plate jogam no Morumbi e o Timão precisa reverter a derrota de 2x1 que levou na Argentina. Aos cinco minutos, Liédson abre o marcador. Apenas mais um golzinho classificaria o alvinegro. O resto da história todo mundo já sabe - River classificado, Corinthians desmoralizado e Geninho perdido gritando o "pega-pega" à beira do gramado.

- Champions League de 2004, também nas quartas. O pega entre Real Madrid e Monaco na França servia mais para cumprir tabela. Afinal, ninguém imaginaria que os galáticos deixariam escapar a classificação, tendo ganhado em casa por 4x2. Ainda mais quando Ronaldo abre o marcador para os merengues perto dos 30 minutos do primeiro tempo. Mas o Monaco empata a peleja no finalzinho da etapa inicial e, no segundo tempo, faz mais dois gols. Vence por 3x1 e despacha o Real na regra dos gols fora.

E há tantos outros exemplos que me fogem agora, mas que são facilmente encontrados numa pesquisa simples.

Mais uma prova - entre tantas inúmeras outras - que futebol não é uma coisa a ser analisada de maneira simplista e com frases feitas.

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Olavo Soares

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